Doenças

CATARATA

A Catarata é uma patologia caracterizada pela opacificação do cristalino. Com esta alteração que é progressiva, a imagem chega na retina com menor nitidez. A doença pode ser congênita, senil ou secundária.

Na Catarata congênita, a criança nasce ou desenvolve a opacificação nos primeiros meses de vida. Geralmente são causadas por doenças adquiridas pela mãe durante a gestação como rubéola, toxoplasmose e outras.

A Catarata senil é a mais frequente e geralmente aparece acima da 50 anos como parte do processo de envelhecimento natural do corpo.

As secundárias ocorrem por alterações metabólicas do cristalino, opacificando-o. As causas mais comuns deste grupo são diabetes, uveítes, traumas, excesso de radiação (UV ou outras), abuso de colírios com corticóides e choque elétrico entre outras.
Independente da causa, quando a opacificação prejudica consideralvemente a visão,a cirurgia é recomendada.


Erros refracionais (AMETROPIAS)

1. Miopia

A miopia é um distúrbio de focalização da imagem na qual esta se forma anteriormente à retina. Isto se deve a um maior comprimento do globo ocular ou aumento na curvatura da córnea ou do cristalino, resultando em dificuldade para ver longe. Pode ser corrigida com lentes esféricas negativas.

2. Hipermetropia

Na hipermetropia também ocorre uma dificuldade de focalizar a imagem, só que contrariamente à miopia, a focalização se dá posteriormente à retina. Deve-se, portanto, a um globo ocular com menor comprimento ou devido à córnea ou ao cristalino possuírem uma menor curvatura. Na hipermetropia observa-se uma visão geralmente ruim para perto nos casos mais severos e nos présbitas. Nos jovens, a dificuldade visual pode não aparecer, mas estar associada a sintomas como dores de cabeça e dor nos olhos. Pode ser corrigida com lentes esféricas positivas.

3. Astigmatismo

O astigmatismo é uma condição que decorre da diferença de curvatura nos meridianos principais da córnea ou do cristalino (comparável às curvaturas de um ovo ou de uma bola de futebol americano), resultando em diferentes profundidades de foco que distorcem a visão tanto de longe quanto perto. Pode ser corrigido com lentes cilíndricas.

4. Presbiopia
A presbiopia ou chamada ”vista cansada” é uma condição inevitável que surge normalmente em indivíduos após os 40 anos de idade, e decorre de uma perda de acomodação do cristalino (a nossa lente intraocular natural que é reponsável por focalizar a imagem na retina conforme a distância do objeto que estamos fixando, longe, perto ou em meia distância) e provoca uma dificuldade para a visão de perto. Pode ser corrigida com óculos e/ou lentes de contato. A cirurgia apresenta-se em fase de experimentaçao, mas sera uma nova soluçao para correçao deste problema. Outras opçoes que são utilizadas com grande sucesso são a monovisão na qual um olho é focalizado para longe e o outro para perto, e o implante de lentes intra-ocular “multifocal”.


CRESCIMENTO EPITELIAL NA INTERFACE
Células epiteliais podem migrar pelas incisões do FLAP para a interface, ou seja, logo abaixo do FLAP, ocasionando alguns problemas que podem diminuir a acuidade visual. Este tipo de complicação é mais comum em pacientes que realizaram LASIK e que já se submeteram, previamente, à ceratotomia radial, uma técnica cirúrgica mais antiga para correção de erros refracionais através de cortes corneanos.

DOBRAS NO FLAP
Ocasionalmente podem ocorrer dobras ou enrugamento do FLAP durante o processo de cicatrização. Em poucos casos, é necessário um novo reposicionamento do FLAP. O cirurgião levanta novamente o FLAP com uma espátula e o reposiciona.

INFLAMAÇÃO DA INTERFACE
Na maioria dos procedimentos de LASIK há um processo de inflamação da interface, que é normal como parte de um processo de cicatrização qualquer do corpo humano. Esta inflamação é usualmente auto-limitada e controlada com colírios prescritos. Alguns pacientes apresentam um aumento desta inflamação e precisam de um acompanhamento mais de perto, podendo este processo interferir no resultado cirúrgico final.

ESTRABISMO

Nas crianças o estrabismo deve ser tratado o mais cedo possível para evitar ambliopia (vista preguiçosa).

O tratamento pode variar de correção óptica a tratamentos ortópticos, prismática, e farmacológica. Ele busca não somente a correção motora com adequado posicionamento dos olhos, mas a recuperação do estado sensorial através da interação binocular (uso dos dois olhos adequadamente).

Levando-se em consideração este dado, é certo que o prognóstico será tão promissor quanto mais precocemente iniciarmos a terapia.

Em se tratando de crianças a atenção é maior, pois a “visão” é formada até os 6 a 7 anos de idade e uma interrupção da normalidade durante este período pode levar a baixas de visão ou mecanismos de adaptação errôneos.

O tratamento sensorial do estrabismo não apresenta tempo determinado e requer cooperação harmoniosa entre profissional, paciente e família.

DOENÇAS DA RETINA

A retina reveste internamente todo o fundo do olho. Ela tem aproximadamente 500 micra de espessura, contendo cerca de 10 camadas (membranas, neurônios, axiônios, células, fotorreceptores dentre outras). A retina tem uma vascularização interna e externa (esta, abaixo dela) que tem como uma das funções nutrirem a retina. Os axônios provenientes de toda a retina confluem-se para formar o nervo óptico, na região nasal do fundo do olho (no fundo do olho, um pouco mais para o lado do nariz). Na região central da retina, há uma depressão denominada mácula, a região mais nobre da retina. Algum comprometimento desta região prejudica mais a visão do que em outras áreas da retina.

A retinopatia diabética resulta do efeito da diabete (I ou II) nos vasos sanguíneos da retina ao longo dos anos. O extravasamento de líquido (sangue e/ou soro) para dentro da retina pode formar os exudatos e o edema de mácula, causando baixa visão. Geralmente é o que pode ocorrer na retinopatia diabética não proliferativa. Na retinopatia diabética proliferativa, há um crescimento dos vasos sanguíneos pela superfície da retina, podendo ir até o vítreo, gel que preenche o fundo do olho, e localiza-se entre a retina e o cristalino. Nesta situação há maior chance de sangramentos no fundo do olho (na retina e/ou no vítreo), distorção da visão e descolamento da retina. A retinopatia diabética é uma das principais causas de cegueira nas pessoas adultas. O melhor tratamento da retinopatia diabética é a prevenção. O rigoroso controle dos níveis de glicose no sangue costuma retardar o dsenvolvimento e a progressão da retinopatia diabética.

O laser e a vitrectomia são procedimentos complementares ao tratamento, não impedindo o avanço da doença, e dependendo do caso, podem surtir pouco ou nenhum efeito ao tratamento.
Descolamento de Retina É uma situação onde a retina é descolada do fundo do olho. É uma situação grave. A miopia (mesmo operados), a diabete e os traumas são fatores que aumentam a chance de as pessoas terem descolamento de retina.

GLAUCOMA

O Glaucoma pode ser definido com uma lesão do nervo óptico, é progressivo podendo comprometer o campo visual, apresentando risco de cegueira, caso não diagnosticado e tratado a tempo.

A maior parte dos portadores da doença emite pressão ocular elevada. Ocorre com freqüência após os 40 anos, podendo manifestar-se em qualquer faixa etária.

CONJUTIVITE

É a inflamação da conjuntiva causada pela penetração de um corpo estranho, de poeira excessiva ou microorganismos (bactérias, vírus). A irritação provoca aumento da secreção e afluxo de sangue (vermelhidão), que traz células de defesa para combater a invasão dos microorganismos. Os defeitos da visão, deficiências de iluminação, esforço prolongado e excessivo da visão e alergias, são outros fatores que podem causar a inflamação da conjuntiva. Não se devem utilizar remédios caseiros para melhorar a inflamação, somente o médico pode indicar o tratamento mais conveniente.